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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

Foto do escritorMARCOS COSTA

O PLANO COLLOR

O plano Collor foi decisivo para a queda do presidente. O plano representa a mais drástica intervenção do Estado na economia da história do país. No plano foram tomadas medidas tributárias, tais como “redução dos prazos de recolhimento e indexação de tributos, ampliação da tributação ou aumento de alíquotas e suspensão de todos os incentivos. Previa também uma grande tributação sobre operações financeiras com a aplicação das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre as operações da bolsa de valores, compra e venda de ações, ouro e títulos em geral, além da própria caderneta de poupança” .

A medida provisória mais polêmica do governo Collor e que foi determinante para a queda do presidente – foi a que determinava que: “Os depósitos de poupança tanto de pessoas físicas quanto de jurídicas poderão ser sacados uma única vez até o limite de CR$ 50.000,00. A mesma regra para conta corrente. O restante ficará bloqueado durante dezoito meses”.

Atualizados, os 50.000,00 cruzeiros que era o limite para saque, correspondem hoje a R$ 6.500,00. A grande massa de trabalhadores e da população em geral vivia com salário mínimo, não havia sobras, portanto, não havia poupança. Poupar ou deixar dinheiro na conta corrente, aplicação e etc era um luxo no Brasil dos anos 1980, num cenário de hiperinflação. As medidas do plano Collor atingiram diretamente a alta classe média e a burguesia brasileira. Essa elite sim teve seu dinheiro particular e o dinheiro de suas empresas confiscados. A partir do início do plano Collor os ânimos ficam exaltados no país. A elite que havia apostado todas as suas fichas no candidato Collor contra as incertezas e o medo da vitória de Lula, tinha agora as suas expectativas frustradas.



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