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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

Foto do escritorMARCOS COSTA

1889: A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

A República foi proclamada no Brasil no dia 15 de novembro de 1889.

Vários fatores contribuíram para o fim da monarquia e a instituição da república, mas o mais importante deles pode ser considerado a questão da escravidão, do abolicionismo.

O primeiro reinado no Brasil, o de D. Pedro I, começou em 1822 e terminou em 1831. A sua abdicação ao trono está relacionada com a queda de braço que o imperador travou com as câmaras – o congresso e o senado – por questões ligadas à escravidão.

No ano de 1826, no processo de reconhecimento de independência do Brasil, o imperador D. Pedro I assinou um tratado com a Inglaterra para acabar com o tráfico de escravos no Brasil. O tratado entrou e vigor em 1830 e não por acaso, portanto, se iniciou nesse ano o desgaste político que levaria à abdicação e ao final do I reinado no Brasil.

O segundo reinado no Brasil começou em 1840, com o decreto da maioridade de D. Pedro II, e terminou em 1889, com o golpe militar que instaurou a República.

Assim como o primeiro reinado, o segundo reinado também acabou no Brasil depois de um importante passo dado pela monarquia no sentido de abolir a escravidão no Brasil, a aprovação da lei Áurea em 13 de maio de 1888.

Como se pode ver, a questão da escravidão e da abolição sempre foram no Brasil um tema difícil de se tratar. Foram muitas as tentativas de abolir ou de mitigar os danos da escravidão no Brasil, como as leis de 1831, as de 1871 e 1885, mas as leis quase sempre enfrentavam uma imensa procrastinação ou até mesmo um imenso descaso em relação a sua efetivação, sua execução.

Havia, portanto, sempre um clima muito tenso entre abolicionistas e escravocratas.

Os escravocratas estavam também sempre em maior número nas câmaras, tinham mais deputados e senadores, de modo que dificilmente leis abolicionistas avançavam, eram aprovadas.

Em 1888, com a aprovação da lei Áurea e do fim da escravidão, a elite escravista rompeu definitivamente relações com a monarquia e começou a articular o seu fim.

Aproveitando-se de uma espécie de vazio de poder, quando o imperador encontrava-se doente, porém ainda governava por meio da regência da filha, a princesa Isabel, e temendo o início do terceiro reinado, os escravistas articularam o golpe de estado que instituiria a república em 15 de novembro de 1889.

A família real foi banida e teve início um governo provisório do marechal Deodoro, que durou entre os anos de 1889 e 1891.  



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