A Revolução Pernambucana foi a mais forte contestação ao consórcio firmado entre Portugal e Inglaterra no negócio do algodão. Outro motivo da revolução foi que a vinda da Corte para o Brasil significou um maior controle e uma maior presença do Estado nas províncias, sobretudo no que se refere à cobrança e arrecadação de impostos. É claro que a partir dai os descontentamentos serão generalizados sobretudo no nordeste que havia se empobrecido muito desde o fim do ciclo da produção de açúcar.
Mas a gota d’água para a eclosão da revolução pernambucana de 1817, foram os pactos firmados entre Portugal e Inglaterra, que interferiram diretamente nos interesses comerciais de brasileiros e portugueses residentes no Brasil, mas, sobretudo, aqueles interesses voltados para a produção e comercialização do algodão na região nordeste. Os revoltosos romperam com o Rio de Janeiro e proclamaram a república, que durou 75 dias. Entre os líderes estava o frei Caneca e Antonio Carlos de Andrada e Silva, irmão de José Bonifácio. Neste período foram enviados emissários para vários países – o mais importante deles os Estados Unidos – a fim de buscar apoio para a revolução que visava o fim da única monarquia das américas. A revolução Pernambucana foi violentamente debelada pelas tropas oficiais. Esta seria a última grande contestação ao domínio português sobre o Brasil antes da independência que ocorreria dali a 4 anos.
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