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A HISTÓRIA PARA QUEM TEM PRESSA EM APRENDER

MARCOS COSTA

Foto do escritorMARCOS COSTA

A PRINCESA ISABEL: HERDEIRA DO TRONO DO BRASIL

        Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro no dia 29 de julho de 1846 e após a morte do irmão mais velho, Afonso Pedro, já no ano seguinte ao seu nascimento, em 1847, ela tornou-se herdeira do trono no Brasil e passou então a ser educada e encaminhada para ser a sucessora do pai, D. Pedro II, na sucessão do trono do Brasil.

        A princesa nasceu em um ano bastante conturbado no Brasil, pois em 1845 a Inglaterra havia decretado a lei Bill Abeerden, forçando o Brasil a tomar medidas mais drásticas e efetivas contra o tráfico de escravos no Brasil. A pressão dos ingleses redundaria na lei Eusébio de Queiróz que em 1850 enfrentou a questão do tráfico de escravos, tornando-o ilegal.

        A princesa Isabel cresceu, portanto, num momento em que a questão da abolição da escravidão era a mais importante a ser enfrentada no país. A monarquia brasileira era antiescravista e apoiava iniciativas abolicionistas, no entanto, as câmaras, estavam quase que inteiramente tomadas por grupos escravistas, o que dificultava ou impossibilitava o andamento de qualquer iniciativa contraria aos interesses dos proprietários de escravos.

        Em 1863 os Estados Unidos declararam o fim da escravidão no país; em 1867, na fala do trono o imperador disse que a escravidão no império não poderia deixar de merecer consideração e que era preciso que fossem atendidos os altos interesses que se ligam à emancipação.



        No dia 15 de outubro de 1864, então com 18 anos, a princesa Isabel se casou com o príncipe francês Gastão de Orleans, o Conde d’Eu. O Príncipe teve um papel fundamental na formação intelectual da princesa, na sua inclinação pelo liberalismo político e econômico, e na sua paixão pelos grandes e auspiciosos tempos trazidos pela revolução industrial inglesa.

        A princesa Isabel assumiu o trono do Brasil como regente por três vezes, em 1871, em 1876 e a última entre os anos de 1887-1889, período em que o imperador encontrava-se bastante doente.

        Sempre que assumia a regência, a princesa procurava impulsionar e incentivar movimentos abolicionistas. Foi na sua primeira regência, em 1871, que se aprovou a Lei do Ventre Livre e foi em sua terceira regência, em 1888, que se aprovou a lei Áurea, que acabou definitivamente com a escravidão no Brasil.

        A princesa Isabel era uma grande entusiasta do imenso movimento abolicionista que tomou conta do Brasil, que reunia nomes tais como os de Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, André Rebouças, Luís Gama, José do Patrocínio, entre tantos outros.

        Por conta do início do seu iminente reinado, o terceiro reinado do Brasil, quando a princesa Isabel se tornaria Rainha do Brasil, a elite escravista, que acabara de sofrer um imenso golpe com o fim da escravidão no Brasil, articulou um golpe de estado que se consumou no dia 15 de novembro de 1889, quando se institui no Brasil a República.

        A princesa junto com toda a família real brasileira foi banida do Brasil por meio do decreto nº 78-A, de 21 de dezembro de 1889 e se exilou na Europa.

        Em 1920 o presidente Epitácio Pessoa suspendeu o banimento da família imperial, mas a princesa Isabel jamais regressou ao Brasil. A princesa morreu na França, aos 75 anos de idade, no dia 14 de novembro de 1921.



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